quarta-feira, 19 de junho de 2019

Cheguei à conclusão...

“Cheguei à conclusão de que a dor aguda, ardente, inescapável é a pior. Esta dor aparece quando se começa finalmente a relaxar, quando se volta, por fim, a respirar, quando se pensa que o problema já é coisa do passado, mas se descobre que, afinal, é um problema presente, um problema futuro, um problema perene. Esta dor decorre de investirmos tudo em alguma coisa, de nosentregarmos inteiros a alguém, e de sermos tão completamente traídos (aparentemente por mero capricho) que a dor nos esmaga, e sentimos que mal conseguimos continuar a respirar, mal conseguimos agarrar-nos àquele fragmento mínimo do que possa restar dentro de nós que nos implora que persistamos, que não desistamos.”

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